40% das empresas vão morrer com a economia digital

Estudo revela que as empresas devem adotar a tecnologia como uma solução para o futuro digital.

  • Data: 09 de Setembro de 2015

A tecnologia vem mudando as empresas. As mudanças que a economia digital está causando afetam o modelo de diversas organizações e devem causar um intenso rearranjo no mundo dos negócios nos próximos cinco anos. Um estudo do Global Center for Digital Business Transformation aponta que 40% das empresas tradicionais não vão conseguir adequar seus modelos de maneira rápida suficiente para acompanhar as mudanças de mercado, sendo assim afetadas por tal disrupção digital. Apesar disso, 43% das empresas não reconhecem o risco que essas tecnologias trazem ou não avaliaram o assunto suficientemente e só 25% adotam uma postura proativa junto ao tema.

Essa tendência digital é alimentada por diversas forças que tornam sua dinâmica algo complexo. Para os consumidores, por exemplo, há a conveniência de receber mais valores por menos gastos. É possível ter experiências melhores de compra, venda ou aprendizado, gerando um empoderamento para o indivíduo não só como consumidor, mas como ser humano, o que é visto pela maioria dos empresários entrevistados como algo positivo.

Enquanto ruim para algumas companhias ou indústrias inteiras, a disrupção digital deve ser benéfica para o todo, já que melhora a relação da empresa com seu meio e consumidores, modificando suas cadeias de valores. Então aqueles que conseguirem abraçar tecnologias digitais em seus modelos devem prevalecer.

O futuro com a economia digital

O estudo aponta que empresas que têm altos lucros em seus modelos tradicionais tendem a adotar estratégias mais defensivas, apenas digitalizando operações ou processos-chave. Isso não é algo ruim, já que evita que a empresa troque o certo por algo completamente novo. O problema é que 45% das empresas sequer leva esses aspectos em consideração nas tomadas de decisão a nível de diretoria. Quase um terço está adotando uma política de “esperar para ver” a fim de só implementar estratégias que já tenham funcionado na concorrência.

O estudo aponta um vórtice digital como uma analogia para esse cenário. As empresas vão ser sugadas inevitavelmente para esse “centro digital” onde modelos de negócio, ofertas e valores serão digitalizados ao máximo. Cada país, cidade e negócio deverá se tornar digital para sobreviver na nova economia digital. Conforme as empresas avançam nesse movimento, mais processos antiquados vão evoluindo (como registros baseados em papel). Diferentes modelos e propostas se misturam fazendo com que industrias inteiras se confundam. Ainda segundo o estudo, produtos e serviços deve ser a indústria que terá a maior disrupção digital até 2020, mas todo mundo terá que inovar de forma exponencial.

Quando paramos para pensar, as empresas mais avançadas em termos de tecnologia são exemplos nítidos desse movimento. Google, Amazon, Apple, Tesla… A que segmento essas gigantes pertencem? É difícil definir um só, já que todas adotaram cadeias de valores, custos e experiências de sucesso que misturam aspectos de diversas fontes.

Portanto, para empresas de qualquer tamanho evitarem o colapso, o caminho ideal é seguir esse mesmo rumo, sempre desafiando suas visões do que é o sucesso e testando a forma com que entregam valor para seus consumidores. Isso inclui organização, cultura, modelo de varejo entre outros fatores. Tudo pode ser afetado pela tecnologia e seu uso inteligente. Cabe, agora, aos seus gestores optarem por essa disrupção digital antes que seja tarde demais.


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